Relatos de um pescador louco I

                  Já era tarde da noite e tinha apenas eu acordado naquele navio pesqueiro, estava dando uma ultima olhada para ter certeza que estava tudo certo. Fazia frio, e sentia em meus longos cabelos um vento gelado, quase tão gelado quanto as aguas do mar; havia na noite uma neblina muito espessa e não enxergava um palmo à minha frente; senti um calafrio, não admitia para mim mesmo que estava com medo, de cabeça erguida me dirigi para minha cabine; de repente ouvi um som, não consegui definir o que era, no começo imaginei que fosse alguma baleia, mas logo percebi que era uma voz, uma voz humana? - pensei- não, uma voz que ia além, além de tudo que eu já tinha ouvido, e eu que já tinha ouvido tantas belas damas cantarem com toda a beleza de suas almas, não se comparavam ao som que agora seduzia meus ouvidos. Senti vontade de ver da onde vinha aquela linda canção, senti um desejo incomum, queria entrar naquelas aguas e seguir a voz que estava me chamando, então andei para a proa, naquele momento eu não estava mais no meu corpo, não me controlava, andava feito um sonâmbulo, sem rumo. Em um breve momento me dei conta do que estava fazendo, tentei me controlar, achei que estava louco, tampei meus ouvidos com minhas mãos afim de não mais escutar aquele som que me chamava para as profundezas escuras, sem sucesso eu então continuava a ouvir a voz, minhas pernas iam em direção ao mar, não conseguia para-las. Pensei na minha família, minha esposa, minhas filhas. Derramei minhas ultimas lágrimas e mergulhei naquelas aguas escuras e frias, atrás daquela voz que eu nunca encontrei.







-Nossa!! e isso é verdade?
-Pode acreditar, aconteceu essas noites ainda
-Báá... que perigo, mas me diz uma coisa, como é que cê saiu dessa?
-Hâ?

Dreams

                   Sim, sou diferente. Mas o que é ser diferente nessa sociedade louca? não se pode dizer ou fazer nada sem que a "massa" desse mundo te julgue, tudo esta errado, a liberdade de expressão esta cada vez mais abafada por este povo e suas mentes fechadas. A vida vem com um manual de regras que devem ser seguidas a risca. Somos robozinhos; somos todos iguais. Ficamos tentando o dia inteiro encontrar a roupa certa, o corte de cabelo certo, a personalidade certa...E pra que? Tentamos de qualquer maneira agradar uns aos outros, para não sermos julgados pelo que somos de verdade, porque não sabemos se estamos agindo certo ao sermos nós mesmos, mas quem diz o que é certo ou errado? Andamos nas ruas e vemos as mesmas pessoas seguindo as mesmas regras, procurando seus sonhos, mas até isso a realidade consegue retrair...seus sonhos...seu mundo...sua imaginação...quando foi que a humanidade perdeu esses dons?

                    Abra os olhos e veja o mundo que esta bem a sua frente, ele é lindo, ele é maravilhoso...chega de ficar observando as outras pessoas, levante a cabeça e se ame A vida é curta, seja feliz. O mundo quer que você volte para o jogo e que siga as regras, você decide, você é livre...abrace a vida e conquiste novamente os seus sonhos perdidos...

                       

                     No jardim de um palácio, a princesinha brincava entre as flores; a pequena garota estava feliz de poder sair e passear, mas queria conhecer o mundo além das magnificas flores que ostentavam o jardim. então ela correu o mais rápido que conseguiu; abriu suas asas... e voou...